Jairo: O que tem em seu braço?
Roxane: Nada pai.
Jaioro: Deixe-me ver.
Roxane estendeu a ferida que voltava a doer para Jairo, que a olhou com horror.
Jairo: Suicida idiota! Ou é cega ou burra para tentar a morte cortando-se deste modo! Uma estúpida!
Roxane: Não tentei me matar pai, foi um acidente!
Jairo deu atenção à buzina insistente na rua. Entrando em seguida com Geraldo.
Jairo: Venha ver senhor Geraldo. Venha só ver o que a estúpida da minha filha faz!
Geraldo seguiu-o. Havia ido buscar Roxane, não era justo que fosse obrigada pelo pai a trabalhar tanto.
Jairo: Mostre a ele o que fez! Vamos!
Geraldo: Senhor Jairo, por favor.
Jairo calou-se e Geraldo aproximou-se de Roxane.
Geraldo: O que fez Roxane? Certamente não é tão grave assim. Vamos diga-me.
Roxane: Eu não me feri propositalmente senhor. Foi um acidente com a faca que abria as conchas, antes de ontem. Antes da morte de minha mãe. – Roxane com lágrimas nos olhos.
Geraldo: Deixe-me ver querida.
Roxane estendeu-lhe o braço esquerdo, mostrando a mão.
Jairo: Não é mesmo uma estúpida? Não consegue ao menos suicidar-se com sucesso.
Geraldo: Cale-se homem inútil! Não vê que mata sua própria filha, filha sua e de sua falecida esposa? Venha, venha querida. Levá-la-ei ao médico, ele cuidará bem de você.