sábado, 28 de fevereiro de 2009

07

Geraldo: Certamente mais que ao pai, que a destrata.
Renato: Há pessoas, Geraldo, que imaginam serem incapazes de sofrer ou sentir algo. Então estas pessoas descobrem que podem provocar a dor e causam deridas para iso. Como a senhorita Roxane. Pessoas assim são chamadas mutiladoras.
Geraldo: Roxane está doente da cabeça?
Renato: Não Geraldo, talvez não. A morte da mãe pode ter provocados este comportamento nela.
Geraldo: O que eu posso fazer para ajudar?
Renato: Eu a encaminharei para um terapeuta.
Geraldo: Obrigado.
Retornaram ao consultório e REnato acompanhou Roxane à sala de pequenas cirurgias, onde reclamou a anestesia recebida na mão que foi costurada.
Renato: Muito bom Roxane. Foi bastante corajosa. Ficará internada até amanhã.
Roxane: Está bem.
Renato: Falarei com um amigo que trabalha aqui. Soube do recente falecimento de sua mãe e um terapeuta poderá ajudá-la.
Roxane: Por que um terapeuta se não estou louca?
Renato: Eu não poderia dizer isto a ninguém. Na verdade acho que está confusa pelo falecimento recente, não louca. Venha, eu a acompanharei ao leito. Se quiser avisar alguém onde está, ao seu pai.
Roxane parou pensativa.
Geraldo: Irei para casa agora. Falarei com o seu pai como você está.
Roxane: Obrigada senhor.
Geraldo: Comporte-se querida, faça tudo o que o doutor Renato lhe pedir e melhorará logo.
Roxane: Está bem.
Geraldo: Até amanhã doutor.

Roxane deitou-se após tomar um comprimido para a dor que voltava ao passar o efeito da anestesia. Não tardou para que uma enfermeira lhe trouxesse algo para que comesse.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

06

Roxane: Dirá a ele que tentei matar-me?
Geraldo: Não querida, você contará o que aconteceu. Eu acredito em você.
Roxane:Senhor eu juro que não o roubei. Poderia tê-lo feito para salvar minha mãe, mas não o fiz.
Geraldo: Sim querida, sim.
Roxane: Encontrei uma pérola no corte esta tarde. Tome.
Geraldo: Pode ficar com ela, criança. Vamos, vamos ao médico.
Roxane:Obrigada.
Geraldo colocou-a no carro e seguiram para a cidade. Doutor Renato, seu conhecido, atendeu-os prontamente.
Renato: O que o trás ao meu consultório, Geraldo?
Geraldo: Creio tratar-se de uma emergência. Esta é Roxane James, minha funcionária na fazenda de ostras. Ela feriu a mão há três dias durante o serviço, mas vim saber a apenas uma hora.
Renato: Deixe-me ver sua mão, por favor.
Roxane estendeu a mão sobre a mesa e o médico olhou com delicadeza.
Renato: A ferida dói? – Renato.
Roxane: Em alguns momentos dói um pouco, mas em outras dói bastante. – Roxane.
Renato: Dói bastante agora?
Roxane: Sim.
Renato: Bem, é bom que não esteja sangrando. Ainda assim serão necessários pontos para que se tenha uma boa cicatrização. Providenciarei tudo.
Roxane:Obrigada.
Geraldo: Eu lhe acompanho.
Os dois retiraram-se para conversarem em particular no escritório do hospital.
Renato: A ferida parece ter sido provocada há apenas algumas horas, ao contrario do que a senhorita Roxane diz.
Geraldo: A mãe dela faleceu ontem.
Renato: Roxane pode ter tentado suicídio. Diga-me Geraldo, conhece a família da senhorita?
Geraldo: Sim. Eles são pescadores, inclusive ela.
Renato: Ela era muito apegada à mãe?

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