Raíssa saiu com outros alunos e chegou à escola em tempo de ir à biblioteca devolver alguns livros. Rosa levantou-se cedo naquele dia, encontrando Tiago na cozinha.
- Bom dia senhora. – Tiago.
- Bom dia Tiago. Teve problemas novamente? – Rosa.
- Sim senhora.
- Gostaria de falar com você em particular. Talvez agora seja o momento propício. Preciso ver a menina que trouxeram ontem.
- Sobre o que deseja falar senhora?
- Vamos ao meu gabinete.
08h00min SEXTA 16 de Agosto.
Tiago seguiu-a e Rosa lhe pediu para se sentar diante de sua mesa.
- Quero tratar contigo a sua permanência definitiva aqui, como uma segunda casa. Poderia sair, ou visitar teus parentes, quando desejasse. – Rosa.
- Meu irmão nunca concordaria. Ele não quer que eu tenha vínculos com a Associação.
- Mas a sua atividade está se desenvolvendo e seu irmão não pode impedir, menos ainda controla-la. Aqui nós o ajudaremos a desenvolver a atividade com segurança. Terá o nosso apoio e a nossa proteção.
- Preciso pensar no assunto.
Carlos entrou no gabinete e ao vê-lo zangado Rosa e Tiago se levantaram.
- O que está fazendo? – Carlos.
- Eu apenas conversava com Tiago. – Rosa.
- Sobre o que? – Carlos.
- Ela só estava me oferecendo... – Tiago.
- Eu oferecia ao Tiago uma vaga na Associação. Ele terá segurança. – Rosa.
- Pensei que houvesse ficado claro que meu irmão está fora disso na última conversa que tivemos. – Carlos.
- Por que não o deixa decidir? Respeitarei a decisão de Tiago, mas não a sua por ele.
- Meu irmão ainda é novo.
- Ele não consegue controlar a atividade dele. Pode ser muito perigoso e é imprudente no caso de manifestar-se oscilante ao atravessar uma rua.
- Eu posso e vou ajudar o meu irmão. Não precisei de ninguém até para isso quando mais novo e posso me virar bem agora. Vamos Tiago.
- Mas Calos... – Tiago.
- Vamos agora. Arrume suas coisas, vai voltar pra casa da titia.
- Estarei esperando a sua resposta Tiago, quando quiser. – Rosa.