segunda-feira, 13 de abril de 2009

13

Carlos bateu à porta e entrou após escutar a resposta. Rosa Morena olhou-o entre a leitura de um documento e outro.

- Tão cedo Carlos, qual o problema? – Rosa.

- Trouxe uma garota esta manhã. – Carlos.

- Imaginei que traria apenas o teu irmão.

- Ela estava no caminho.

- Amiga sua?

- Não.

- Claro, se fosse eu não saberia por você.

- Ela estava correndo na rua. Passei em seu gabinete apenas para lhe informar.

Carlos saiu do escritório e subiu para o quarto. Não havia dormido naquela noite, como em todas durante a semana, mas seu irmão lhe telefonara pouco antes do anoitecer. Parecia assustado na casa da tia e teve que ir buscá-lo.

Agora Tiago estava junto com ele na Associação Informal e Centro de Metamorfose e não mais queria retornar à casa dos tios. Rosa Morena permitiu, não havia porque se opor. Ele era um metamorfoseo como todos os outros.

Ao acordar Roxane viu o teto branco da enfermaria e monitores ao lado. Levantou-se devagar e olhou o pulso dolorido que estava enfaixado. Retirou o curativo mais devagar do que gostaria.

- Como está? – Io-lan.

- O senhor me costurou! – Roxane.

- Sim. Você não deveria ter retirado a faixa.

- Tire os pontos.

- Não antes de cicatrizar.

Com dificuldade Roxane saiu da cama.

- Deve permanecer deitada. – Io-lan.

- Preciso de uma faca. – Roxane.

- Não posso permitir que se fira novamente.

BlogBlogs - Buttons

BlogBlogs