Carlos bateu à porta e entrou após escutar a resposta. Rosa Morena olhou-o entre a leitura de um documento e outro.
- Tão cedo Carlos, qual o problema? – Rosa.
- Trouxe uma garota esta manhã. – Carlos.
- Imaginei que traria apenas o teu irmão.
- Ela estava no caminho.
- Amiga sua?
- Não.
- Claro, se fosse eu não saberia por você.
- Ela estava correndo na rua. Passei em seu gabinete apenas para lhe informar.
Carlos saiu do escritório e subiu para o quarto. Não havia dormido naquela noite, como em todas durante a semana, mas seu irmão lhe telefonara pouco antes do anoitecer. Parecia assustado na casa da tia e teve que ir buscá-lo.
Agora Tiago estava junto com ele na Associação Informal e Centro de Metamorfose e não mais queria retornar à casa dos tios. Rosa Morena permitiu, não havia porque se opor. Ele era um metamorfoseo como todos os outros.
Ao acordar Roxane viu o teto branco da enfermaria e monitores ao lado. Levantou-se devagar e olhou o pulso dolorido que estava enfaixado. Retirou o curativo mais devagar do que gostaria.
- Como está? – Io-lan.
- O senhor me costurou! – Roxane.
- Sim. Você não deveria ter retirado a faixa.
- Tire os pontos.
- Não antes de cicatrizar.
Com dificuldade Roxane saiu da cama.
- Deve permanecer deitada. – Io-lan.
- Preciso de uma faca. – Roxane.
- Não posso permitir que se fira novamente.
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