Io-lan não demorou a retornar com a sobrinha e Tiago. Roxane foi examinada, respirava devagar e de olhos fechados, mas não dormia.
- Está bastante desgastada. Precisa descansar. – Io-lan.
- Dê a ela um medicamento. – Tiago.
- Não posso dar nada a ela sem saber se pode fazer mal. Poderia piorar a dor.
Roxane respirou com mais força.
- O que há? – Carlos.
- Vai acontecer de novo, eu posso sentir. Vai acontecer. – Roxane.
- Calma. – Tiago.
- Dê algo a ela. – Carlos.
- Algum medicamento pode matá-la. – Bin-Bin.
- Antes morta ao sofrimento que esta garota sente.
- Darei uma anestesia local, como na vez anterior. – Io-lan.
- Vão me costurar? – Roxane.
- Ninguém mais fará isso com você. – Carlos.
Bin-Bin preparou a seringa e administrou a medicação em ambos os lados do corte. Roxane não sentiu a agulha penetrar a pele, sentindo menos dor ao sair a concha.
- Está melhor? – Io-lan.
- Sim. Obrigada por cuidarem de mim. – Roxane.
- Qual o seu nome? – Bin-Bin.
- Roxane.
- Seus pais devem estar preocupados com você. Podemos avisá-los. – Io-lan.
- Não. Meu pai acha que tentei suicídio e minha mãe faleceu há três dias.
- Eu sinto muito. – Carlos.
- Para onde vai? – Tiago.
- Morar no trabalho, eu acho. Uma fazenda de ostras. Alguns trabalhadores vêm do interior e mora nas residências. – Roxane.
- Poderia ficar na AICM.
- Vocês moram aqui?
- Aqui é uma instituição que abriga os metamorfóseos. Pode ficar se conversar com a diretora, madame Rosa Morena.
- Rosa não conversará com você agora. Você tem que descansar Roxane, nós vamos deixá-la sozinha. A diretora estará disponível pela manhã. – Bin-Bin.
[N.A.11]
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