21h00min SEXTA 16 de Agosto.
Com pressa Tiago não subiu pelas escadas acompanhando Roxane. Usou o elevador e logo estava diante da enfermaria onde Bin-Bin o aguardava.
- Sabia que viria. – Bin-Bin.
- Meu irmão está bem? – Tiago.
- Sim, permanecerá apenas algum tempo em observação.
- Posso vê-lo?
- Claro. Mas não é bom que ele o veja, compreende?
- Sim Bin-Bin. Quero apenas vê-lo, não vou demorar. Prometo. Carlos não irá reparar a minha presença.
- Ótimo.
Bin-Bin abriu a porta enquanto Tiago ficava invisível e permaneceu no quarto com eles. Tiago aproximou-se da cama e olhou Carlos, com fios monitorando os seus batimentos cardíacos e sua respiração, ligado ao tubo de oxigênio.
- Pode aparecer Tiago. – Carlos.
- Como sabia que eu estava aqui? – Tiago.
- Eu quase o vi nascer.
Tiago escutava com horror a voz antes ditadora e autoritária de Carlos transformada em um sussurro.
- Você está bem? – Tiago.
- Estarei bem em pouco tempo e o obrigarei a dormir. – Carlos.
- Não me contaram que o haviam ligado ao oxigênio.
- Não me enterre ainda. Pode escrever que eu logo estarei fora desta cama.
- Você me assustou. O que aconteceu? Está doente?
- Desculpe tê-lo assustado. Eu apenas sou alérgico a algumas coisas e me descuidei. Apenas isto.
- Não bebeu álcool, não é? Apenas meia garrafa de cerveja seria o suficiente para te matar.
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