sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

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19h21min DOMINGO 18 de Agosto.

Aline subiu as escadas e uma vez no quarto ligou o walkman. Jogou as malas pela janela e dançando subiu no peitoril e saltou. Dois andares não a inibiriam de tentar retornar a sua liberdade. Assustou-se ao parar pega pelo pé.

- O que está fazendo? – Angelus.

Preso à parede com um tridente curvo semelhante a cristal ele usava a outra mão para segura-la.

- O que você pensa fazer? Largue-me seu idiota! – Aline.

- Parece ser uma das novas estudantes. – Angelus.

- Que estudante?

- então é uma espiã.

- Olha, eu não sou ninguém. Agora dá pra me soltar?

- Vamos conversar com madame Rosa.

- Droga! Agora pode soltar o meu tornozelo?

- Não.

Angelus levou-a para a sala de jantar pendurada de ponta cabeça. Contrariada enquanto os estudantes a olhavam Aline cruzou os braços.

- Angelo! – Rosa.

- Conhece? – Angelo.

- É uma das novas estudantes!

- Escapava pela janela.

- Pode solta-la.

Angelo a soltou e Aline alisou o tornozelo dolorido.

- Ela ia morrer saltando do segundo andar. A menos que controle o ar. – Angelo.

- Ia visitar um amigo na África. Mas eu lhe agradeço ter varrido o chão com o meu cabelo. – Aline.

Ela se levantou encarando Angelo.

- Acabaria se matando. – Angelo.

- Melhor que ficar aqui. – Aline.

- Esta é Aline Makita. Não é uma metamorfósea comum, tem a palavra nos lábios. – Vitor.

- Ela tem alguns problemas pendentes com a sociedade. – Bin-Bin.

- Não tenho problemas. – Aline.

- Posso ver. Mas eu não tenho tempo de discutir com crianças. – Angelo.

- Vamos ao meu escritório, por favor. – Rosa.

Aline a seguiu com Bin-Bin e Vitor até o gabinete onde Rosa se sentou em sua cadeira.

- Não quer mesmo ficar aqui? – Bin-Bin.

- Não! – Aline.

- Devia ao menos tentar. – Vitor.

- Esta é a sua decisão? – Rosa.

- Claro. – Aline.

- Fique por quatro semanas, se não gostar pode partir.

- Fala sério.

- Eu falo, garanto. A polícia será o menos de seus problemas quando sair.

- Isso é sério?

- Você escolhe.

- Ótimo.

Aline saiu do escritório feliz. Poderia dormir bem e comer melhor, mas depois partiria sem dizer adeus. Uma vez no quarto transformou o walkman em rádio, fechou as cortinas e a lâmpada era um globo colorido. Após um banho frio se deitou de camisa e o quarto voltou ao normal à medida que adormecia.

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