terça-feira, 29 de dezembro de 2009

39

08h00min SEGUNDA 19 de Agosto.

Tiago olhou as cores vibrantes da lagarta, depois Aline disse a ele que olhasse o sol. A uma careta dele ela repetiu.

- O sol, por alguns segundos. Depois olhe a lagarta de novo. – Aline.

Ao voltar a olhar a lagarta Tiago viu que as cores no animal se desprendiam como vapor e a rodeavam.

- O que é isso? – Tiago.

- É o que vejo quando os outros não podem. A aura das pessoas como você, eu o vejo. – Aline.

- Então o meu irmão vê a minha aura.

- Não creio que ele seja capaz disso. Ele não pode vê-lo, apenas senti-lo. Como eu disse, ele é o teu irmão. Por que seguia Valério?

- Ele está com a minha caneta e eu a quero de volta.

- Já pediu: por favor?

- Geralmente o meu irmão pede que ele me vigie, como Carlos está de cama Valério está sempre ao meu redor.

- Valério não está te vigiando.

- Você não o conhece, e nem ao meu irmão.

- Seu irmão pediu a Valério que lhe ensinasse a lutar.

- Como você sabe?

Aline colocou a lagarta no galho de onde a havia tirado.

- Eu vou falar com Carlos. – Tiago.

Ele deu dois passos se afastando em direção ao casarão quando escutou um gemido alto atrás de si e voltou.

- Qual o problema? – Tiago.

- Uma lagarta me mordeu na perna. – Aline.

- Eu te ajudo a chegar ao casarão. Um pouco de gelo vai aliviar a dor.

Aline perdeu as forças das pernas e sentou-se zonza.

- Você está bem? – Tiago.

- Sou alérgica. – Aline.

- Falava sério? Eu vou procurar ajuda.

Aline se deitou fechando os olhos e Tiago percebeu que o coração dela acelerava.

- Aline, fale comigo! Aline! – Tiago.

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