08h00min SEGUNDA 19 de Agosto.
Tiago olhou as cores vibrantes da lagarta, depois Aline disse a ele que olhasse o sol. A uma careta dele ela repetiu.
- O sol, por alguns segundos. Depois olhe a lagarta de novo. – Aline.
Ao voltar a olhar a lagarta Tiago viu que as cores no animal se desprendiam como vapor e a rodeavam.
- O que é isso? – Tiago.
- É o que vejo quando os outros não podem. A aura das pessoas como você, eu o vejo. – Aline.
- Então o meu irmão vê a minha aura.
- Não creio que ele seja capaz disso. Ele não pode vê-lo, apenas senti-lo. Como eu disse, ele é o teu irmão. Por que seguia Valério?
- Ele está com a minha caneta e eu a quero de volta.
- Já pediu: por favor?
- Geralmente o meu irmão pede que ele me vigie, como Carlos está de cama Valério está sempre ao meu redor.
- Valério não está te vigiando.
- Você não o conhece, e nem ao meu irmão.
- Seu irmão pediu a Valério que lhe ensinasse a lutar.
- Como você sabe?
Aline colocou a lagarta no galho de onde a havia tirado.
- Eu vou falar com Carlos. – Tiago.
Ele deu dois passos se afastando em direção ao casarão quando escutou um gemido alto atrás de si e voltou.
- Qual o problema? – Tiago.
- Uma lagarta me mordeu na perna. – Aline.
- Eu te ajudo a chegar ao casarão. Um pouco de gelo vai aliviar a dor.
Aline perdeu as forças das pernas e sentou-se zonza.
- Você está bem? – Tiago.
- Sou alérgica. – Aline.
- Falava sério? Eu vou procurar ajuda.
Aline se deitou fechando os olhos e Tiago percebeu que o coração dela acelerava.
- Aline, fale comigo! Aline! – Tiago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode deixar sua opinião?
Obrigada.