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Io-lan entrou na enfermaria e olhou a cama ao lado vazia e desarrumada.
- Onde está Aline? – Io-lan.
- Pulou pela janela. – Carlos.
- Espero que ela esteja melhor. Que tipo de lagarta a mordeu Tiago?
- Preta, com listras amarelas e laranjas. – Tiago.
- Era uma não - mexa - comigo. – Carlos.
- Aline me ajudou a ver a aura da lagarta.
- Tentou ver a sua?
- Não, mas deve estar preta como a lagarta.
- Você está melhor a cada dia Carlos, logo terá alta.
- Apenas pare de me dar gelatina.


13h19min TERÇA 20 de Agosto.

No primeiro andar Ottus acompanhava Roxane que via os novos alunos jogarem com Bernardo e Catarina.
- Eles são tão pequenos e sofrem com tanta discriminação. Catarina ainda tem os pais, nas férias, mas Bernardo foi totalmente rejeitado. Não sei como alguém pode fazer mal, tanto a uma criança quanto a um animal. – Roxane.
- Quanto tempo faz que você mandou o telegrama ao seu pai? – Ottus.
- Quatro dias. Ele ainda não respondeu.
- Quer ir vê-lo ou buscar suas coisas?
- Sim.
- Então vamos.
- Aonde vai Roxane? – Bernardo.
- Na minha casa. – Roxane.
- Mas pensei que fosse morar aqui.
- É claro que ficarei. Preciso ir ver o meu pai.
- Seu pai não gosta de você.
- Eu vou voltar Bernardo.
Ottus avisou Rosa da saída que faria com Roxane e saíram andando pelo portão sendo observados por Aline como o homem que passava do lado externo.
- O que vai fazer? – Aline.
- Vou pra casa da minha tia, no Rio Grande do Sul. Não preciso que ninguém me leve. – Tiago.
- Ótimo. Pode me dar uma carona pra fora daqui.
- Aonde quer ir?
- Pra outro planeta.
- Eu te deixo no caminho.
- Ótimo.
Aline buscou sua pequena mala e voltou pela janela. O furgão saia quando foram notados.
- Tiago foi embora. – Valério.
- O que? – Carlos.
- Ele saiu com o furgão sem falar com ninguém. Aline foi com ele.
- Essa é boa. Onde você estava?
- Correndo atrás deles. Desculpe, mas eu te avisei disso.
- Localiza o meu irmão Valério.
- Devia ter contado a Tiago, não importa o que seja. Assim ele saberia o que pode ou não fazer.