terça-feira, 13 de abril de 2010

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14h12min TERÇA 20 de Agosto.

Roxane puxou a corda que tocava o sino, mas ninguém a atendeu. Pegou a chave de sua casa e a girou na fechadura. Quando entraram viram Jairo sentado em uma cadeira dura.
- Boa tarde, pai. – Roxane.
Jairo não lhe respondeu.
- Recebeu meu telegrama? Você não enviou nenhuma carta para mim. Deve estar trabalhando bastante. Como tem passado? – Roxane.
- Como espera que eu passe? Recebo uma carta dizendo que a criança que cresceu comigo tornou-se uma metamorfósea. – Jairo.
- Pai, eu não tenho culpa do que me aconteceu! Foi um acidente, um vazamento químico no mar!
Jairo levantou-se e bateu no roto de Roxane. Ottus o impediu de acertá-la novamente.
- Não sou o teu pai! Não sou o pai de nenhuma metamorfósea! Seres nojentos e estúpidos! – Jairo.
- Cale-se! – Ottus.
- Quem pensa que é para que me mande calar em minha própria casa?
- Sou amigo de Roxane.
- Amigo. Certamente entregou-se a ele, sua vagabunda!
Com outro tapa Jairo derrubou Roxane e Ottus o empurrou para longe.
- Covarde! Venha brigar comigo se homem for! – Ottus.
- Você certamente usaria de sua atividade para me matar. – Jairo.
- Não sou covarde como tu.
- Vamos Ottus. Vamos embora daqui. – Roxane.
Ottus não se mexeu e Roxane segurou o seu braço pedindo novamente. Saíram sem dizer nada a Jairo. No lado direito do rosto dela começava a aparecer uma leve marca dos dois golpes de seu pai.

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